A diarreia é uma doença muito comum em nosso meio e vem
aumentado nas últimas semanas. Consiste na evacuação de fezes líquidas, de
forma frequente e sem controle (acima de três episódios por dia). Pode ser
tanto aguda quanto crônica, dependendo do tempo de duração dos sintomas.
A
aguda tem início súbito e permanece até duas semanas, sendo que a grande
maioria acaba entre três a cinco dias. A crônica dura mais de duas semanas e
requer um acompanhamento médico mais rigoroso para descobrir sua causa e
realizar o tratamento mais adequado.
A
maior parte das diarreias agudas é causada por vírus, bactérias ou parasitas
encontrados em água e alimentos contaminados. Também pode ser causada pelo uso
de algum medicamento como antibióticos e laxantes. Outros fatores podem
desencadear episódios diarreicos, a exemplo de:
·
Exposição à água não tratada;
·
Encanamentos furados;
·
Depósitos mal fechados ou sujos;
·
Banho em rio, açude ou piscina contaminada;
·
Não lavar bem as mãos e utensílios domésticos de
mesa e fogão;
· Higiene precária.
· Higiene precária.
Além
das fezes líquidas, é comum o paciente apresentar distensão e cólicas
abdominais, flatulência (excesso de gases), mal-estar, náuseas e vômitos.
Embora menos frequente, também pode apresentar sangue ou pus nas fezes e febre,
o que confere certa gravidade e exige o acompanhamento médico mais rigoroso.
Mesmo
sendo uma doença simples, a diarreia pode complicar, principalmente quando
acomete idosos, crianças e pessoas com imunidade baixa, uma vez que estas
desidratam mais rápido e podem evoluir com complicações. Nesses casos, devemos
ficar atentos e procurar o hospital, na presença dos seguintes sintomas:
ressecamento da pele, saliva escassa e espessa, sede excessiva, cansaço e
sonolência.
A
princípio, o tratamento das diarreias consiste na reposição de líquidos,
através da ingestão de soro caseiro depois das evacuações, bem como de água
devidamente tratada, várias vezes ao dia, além de alimentação sem gordura,
laxantes ou frituras.
O saneamento básico adequado, incluindo redes de esgoto e água potável nas residências, previne um grande número de casos. O armazenamento e preparo adequado dos alimentos, incluindo sua conservação em geladeira, não exposição a moscas, cozimento dos alimentos e lavagem dos mesmos com água tratada, também, são importantes formas de prevenção.
O saneamento básico adequado, incluindo redes de esgoto e água potável nas residências, previne um grande número de casos. O armazenamento e preparo adequado dos alimentos, incluindo sua conservação em geladeira, não exposição a moscas, cozimento dos alimentos e lavagem dos mesmos com água tratada, também, são importantes formas de prevenção.
É
de suma importância que a água de beber seja fervida, filtrada e clorada. A
cloração pode ser feita com hipoclorito ou água sanitária. Usa-se uma gota para
cada litro de água. Após meia hora, a água já está pronta para o consumo.
Devemos ficar atentos com o banho de açudes e bica, principalmente nas primeiras chuvas, uma vez que as telhas e calhas ainda estão sujas. Dessa forma, além de diarreia, a pessoa pode contrair hepatite, doenças de pele ou até mesmo leptospirose.
Devemos ficar atentos com o banho de açudes e bica, principalmente nas primeiras chuvas, uma vez que as telhas e calhas ainda estão sujas. Dessa forma, além de diarreia, a pessoa pode contrair hepatite, doenças de pele ou até mesmo leptospirose.
Segundo
dados das notificações feitas pelo Hospital Regional, Unidades de Saúde da
Família, Agentes Comunitários de Saúde, o município de Picuí vem apresentando
oscilação no número de casos de diarreia, conforme mostra o gráfico abaixo.
Durante as 10 primeiras semanas do ano (01/01/2015 a 15/03/2105), foram
registrados 650 casos. Número que aumentou após as poucas chuvas na região.
A
prevenção é uma ação que deve ser feita diariamente em nossas residências. A
responsabilidade é de todos e se cada um fizer sua parte, evitaremos a
ocorrência de surtos e agravamento de casos em nosso município.
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