segunda-feira, 31 de março de 2014

PICUÍ PB/ SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação)

O perfil de mortalidade do município é traçado considerando os agravos de notificação compulsória, o que permite identificar a realidade epidemiológica e identificação dos riscos aos quais as pessoas estão sujeitas. Os dados do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) estão relacionados aos casos suspeitos ou confirmados de doenças que são notificadas nas unidades de saúde do município pelos profissionais de saúde. A próxima tabela destaca as doenças notificadas e investigadas no ano de 2012 e nas 50 semanas epidemiológicas de 2013, o que equivale até o dia 15 de dezembro do corrente ano.


            De acordo com o exposto, percebe-se que o Coeficiente de Incidência (CI) da dengue aumentou consideravelmente em 2013, assim como o do atendimento antirrábico, mas em menor proporção. Sabe-se que este nível elevado de dengue abrange todo o Brasil e é um fator preocupante da saúde pública nacional. Com relação ao número de casos antirrábicos, é necessário repensar a atuação de um centro de zoonoses para controle destes animais, sejam domésticos ou silvestres.
            Todavia, todos os casos notificados estão sendo monitorados e acompanhados. Portanto, sujeitos à modificação. Semanalmente está sendo enviado à Vigilância Ambiental um relatório com os resultados das sorologias realizadas pelo LACEN, de modo a agilizar a busca ativa e eliminação dos focos. Tal ação vem fortalecer o trabalho multi e interdisciplinar. Sendo assim, houve mobilização por parte da Vigilância Ambiental em parceria com a Vigilância Epidemiológica, através de trabalho em campo, palestras, divulgação em rádio, bem como capacitações para os profissionais de saúde.
            Nos meses de junho, agosto, setembro e outubro, a coordenação de vigilância epidemiológica participou de reuniões com a 4ª Gerência Regional de Saúde, Equipe técnica do Estado e Profissionais do Hospital Regional, com o intuito de aprimorar as condutas relacionadas ao manejo clínico da dengue.
            Em se tratando dos casos de sífilis congênita, foram notificados 04 casos, onde apenas um foi descartado, após investigação. Esse valor está acima do preconizado, uma vez que esta infecção significa falência no tratamento de sífilis em gestante, que por sua vez encontra-se com um CI de 21,95(04 casos), valor bem maior que o do ano passado e no limiar da pactuação feita. Tal dado nos causa preocupação, uma vez que todas as gestantes precisam ser tratadas, para evitar transmissão vertical durante o parto. O diagnóstico da sífilis gestacional deve ser feito no inicio do pré-natal para que as devidas ações sejam colocadas em prática em tempo hábil.
            No tocante aos casos de Hepatites virais, tivemos um aumento considerável na notificação dos casos, visto que houve 04 notificações em apenas uma semana epidemiológica, totalizando 07. No entanto, temos um caso descartado e os demais tiveram sorologia positiva para Hepatite A. Os resultados sorológicos dos pacientes, bem como de seus comunicantes também conferem resultados não reagentes para Hepatites B e C. A análise da água foi realizada nas escolas onde tais crianças frequentam e em suas residências. Todos os resultados foram satisfatórios. Diante do exposto, as seguintes ações foram desenvolvidas:
  •         Envio de memorando à Secretaria de Educação, informando os casos ocorridos;
  •         Solicitado, à 4ª Gerência Regional de Saúde, o envio de Hipoclorito de Sódio para a realização de ações de prevenção por parte dos Agentes Comunitários de Saúde e respectivas ESFs;
  •        Divulgação na mídia local, através de informações sobre hepatites virais, bem como prevenção, tratamento, cuidados com a água e alimentos contaminados, assim como higiene pessoal e vacinação disponível.
  •        Visitas realizadas pelas ESFs nas escolas onde as crianças com hepatites estudam para a realização de palestras educativas e distribuição de panfletos;
  •        Visitas domiciliares às residências das crianças acometidas, com intuito de realizar investigação epidemiológica;
  •       Solicitação à Vigilância Ambiental da análise das águas nas residências em questão, bem como das escolas onde as crianças frequentam.
  •        Envio do relatório para a Secretaria de Infra Estrutura, informando a existência dos esgotos e lixo para a tomada das devidas providências;
  •        Solicitação de sorologia para os comunicantes diretos;
  •        Averiguação da caderneta de vacina de todas as crianças notificadas com encaminhamento para a sala de vacina, para aquelas com esquema incompleto ou não iniciado;
  •        Encaminhamento de todos os comunicantes adultos ao setor de Imunização para a realização e atualização do esquema de vacina para Hepatite B;
  •        Orientação sobre tratamento, repouso, cuidados de higiene, tratamento de água com Hipoclorito de Sódio para todas as pessoas das casas visitadas.

            Continuamos vigilantes, através da prevenção e promoção da saúde, além de um trabalho em equipe desenvolvido com as ESFs. Desta forma, continuamos atuantes e vigilantes para qualquer alteração no padrão epidemiológico da Hepatite A.
Até o momento não foi notificado nenhum caso de tuberculose e/ou hanseníase. Porém, o último caso de hanseníase acompanhado no município, desde 2012, teve alta por cura no primeiro semestre, o que nos mostra 100% de cura, superando a meta municipal pactuada de 75%.
            Devido a alguns problemas no sistema federal e regional, algumas notificações ainda estão pendentes ou ainda não foram informadas. No entanto, a 4ª GRS bem como o núcleo estadual estão cientes e atualizando os dados gradativamente, sem que haja prejuízo para qualquer município.

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