Em
2012, a taxa de natalidade (TN) do município de Picuí foi de 14,7, menor que em
2011, onde a TN foi de 15,69. Nos onze meses decorridos de 2013, esse valor
encontra-se em 13,1, o que já nos mostra um declínio nessa taxa, correspondendo
ao menor percentual nos últimos anos.
Contrapondo-se à taxa de natalidade,
o valor da Proporção de Idosos na População (PIP) no município mantém-se em
14,62, mesmo havendo um envelhecimento populacional nos últimos anos.
Entretanto, o cálculo é feito com base no último censo do IBGE, em 2010.
Embora 51% da população picuiense
seja feminina (segundo IBGE - 2010) e continue nascendo mais mulheres que
homens, a Razão de Masculinidade (RM), ou razão de sexos, apresenta uma
discreta predominância masculina em 2012 (RM: 108,08). Nos onze meses de 2013,
houve um declínio desta proporção, já que o percentual do sexo masculino é de 48,7%,
tendo uma RM de 95.
De
acordo com os resultados das variáveis descritas acima, houve uma redução na
proporção de gestantes sem nenhuma consulta de pré-natal e um aumento no número
de gestantes com mais de sete consultas, o que confere uma melhor qualidade na
assistência pré-natal do município. Tal índice passou de 82,5%, em 2012, para
87,4%, em 2013, superando os 80% pactuados.
Uma
variante que preocupa o município é o índice de partos cesarianos, que está ultrapassando
a meta de 50% pactuada e preconizada pelo Ministério da Saúde. Em 2012, foram
53,4% de partos cesarianos. Em 2013, esse valor já está em 57%.
É
necessário, portanto, fazer um trabalho de orientação e conscientização com
gestantes, Equipes de Saúde da Família (ESF’s) e profissionais do setor da
obstetrícia para identificar as possíveis causas, em busca de soluções
pertinentes ao serviço. Como forma de aprimorar o serviço municipal, é
necessário que se fortaleça os grupos de gestantes, de forma que haja uma ação
multi, inter e transdiciplinar, em parceria com as secretarias de saúde e
promoção social, assim como rede hospitalar.
No que diz respeito à Proporção de
Nascidos Vivos de Baixo Peso ao Nascer (PNVBP), o valor foi 2,2%, em 2012. Até
o momento, esse valor encontra-se em 5%, o que corresponde ao dobro do ano
passado. Tal índice pode estar associado a uma má alimentação da mãe associada
a uma anemia gravídica. Todavia, também houve redução no número de RNs
sobrepeso, reduzindo a taxa de 8,7% (2012) para 5,4%, esse ano. Portanto,
observa-se uma discreta redução no número de RN com peso normal, que passou de
89,7%, em 2012, para 89,6%, em 2013.
No tocante às variáveis relacionadas
à idade da gestante, também houve alterações, já que em 2013 o percentual de
gestantes na faixa etária de 14 a 19 caiu de 29,6% (2012) para 25,5%, o que vem mostrar que a gravidez na
adolescência é problema nacional e necessita de melhores políticas públicas
voltadas para a saúde da mulher adolescente.
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