domingo, 22 de março de 2015

24 de Março – Dia Internacional de Combate à Tuberculose


            A tuberculose é uma doença transmissível, curável e tratável, de origem infecciosa, causada pelo M. tuberculosis, um tipo de bacilo que afeta principalmente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e sistemas.
            Sua transmissão se dá através de partículas com bacilos lançadas no ar, quando uma pessoa doente fala, espirra ou tosse próximo a alguém sadio. Dessa forma, estima-se que um indivíduo infectado pode transmitir a doença para cerca de 10 a 15 pessoas.
            Com o início do esquema terapêutico adequado, a transmissão tende a diminuir gradativamente e, em geral, após 15 dias de tratamento e com baciloscopia negativa, o indivíduo não propaga o vírus para as demais pessoas. 

            Segundo dados do Ministério da Saúde, nas últimas décadas, as regiões sudeste e nordeste foram as que apresentaram o maior número de novos casos ao ano. Em Na Paraíba, são notificados aproximadamente 1.100 novas pessoas com tuberculose. Com relação à mortalidade, são registrados mais de 04 mil óbitos por ano, tendo sua maior concentração na região nordeste.  Em 2008, foi a quarta causa de morte por doenças infecciosas e a primeira causa de morte dos pacientes com AIDS.

            Na tuberculose pulmonar, o principal sintoma é a tosse seca ou produtiva, com expectoração purulenta, com ou sem sangue, por mais de três semanas. Por isso, recomenda-se que todo sintomático respiratório (pessoa com tosse por três semanas ou mais) seja investigado para a tuberculose. Outros sinais e sintomas também podem estar presentes, tais como: febre vespertina no final da tarde, sudorese noturna, anorexia e emagrecimento, prostração e cansaço excessivo.
            Quando a tuberculose é extrapulmonar, os sinais e sintomas dependem dos órgãos acometidos. A forma extrapulmonar ocorre mais comumente em pessoas que vivem com o HIV/AIDS, especialmente entre aquelas com imunidade comprometida.
            Para realizar o diagnóstico da tuberculose são utilizados principalmente a baciloscopia direta, cultura e radiografia de tórax. Além desses exames, recomenda-se que o teste anti-HIV seja oferecido a todas as pessoas com tuberculose. No entanto, a baciloscopia é, atualmente, a técnica mais utilizada no Brasil, não apenas para o diagnóstico, mas também para o controle do tratamento. 



            A tuberculose tem cura, em praticamente 100% das novas ocorrências, desde que a pessoa obedeça a terapia medicamentosa e o tempo correto de tratamento que dura no mínimo seis meses. Para tanto, é necessário que seja criado um vínculo entre profissional e usuário.
            O paciente deve ser orientado, de forma clara, quanto às características da tuberculose e do tratamento a que será submetido: medicamentos, duração e regime de tratamento, benefícios do uso regular dos medicamentos, possíveis consequências do uso irregular dos mesmos e eventos adversos, uma vez que a maior parte das pessoas será tratada pelos esquemas padronizados e receberá o tratamento e acompanhamento na atenção básica.
            Para se prevenir da tuberculose recomenda-se tomar a vacina da tuberculose (BCG) ainda na infância. Esta vacina diminui as chances de contaminação com formas graves da tuberculose.
            Indivíduos amigos ou familiares de pacientes diagnosticados com a tuberculose devem evitar permanecer no mesmo local que o doente e recomenda-se que o paciente use continuamente a máscara respiratória e lenços de papel descartável sempre que tossir ou espirrar.



            No dia 24 de março é celebrado o dia internacional de combate à doença. Juntos, podemos evitar que essa doença se propague em nosso município. A qualquer sintoma sugestivo, procure a sua unidade de saúde e realize os exames solicitados. Prevenir, continua sendo o melhor remédio.

Boletim Epidemiológico – Diarreias 03/2015

            A diarreia é uma doença muito comum em nosso meio e vem aumentado nas últimas semanas. Consiste na evacuação de fezes líquidas, de forma frequente e sem controle (acima de três episódios por dia). Pode ser tanto aguda quanto crônica, dependendo do tempo de duração dos sintomas.
            A aguda tem início súbito e permanece até duas semanas, sendo que a grande maioria acaba entre três a cinco dias. A crônica dura mais de duas semanas e requer um acompanhamento médico mais rigoroso para descobrir sua causa e realizar o tratamento mais adequado.
            A maior parte das diarreias agudas é causada por vírus, bactérias ou parasitas encontrados em água e alimentos contaminados. Também pode ser causada pelo uso de algum medicamento como antibióticos e laxantes. Outros fatores podem desencadear episódios diarreicos, a exemplo de:
     ·         Exposição à água não tratada;
     ·         Encanamentos furados;
     ·         Depósitos mal fechados ou sujos;
     ·         Banho em rio, açude ou piscina contaminada;
     ·         Não lavar bem as mãos e utensílios domésticos de mesa e fogão;
·         Higiene precária.


            Além das fezes líquidas, é comum o paciente apresentar distensão e cólicas abdominais, flatulência (excesso de gases), mal-estar, náuseas e vômitos. Embora menos frequente, também pode apresentar sangue ou pus nas fezes e febre, o que confere certa gravidade e exige o acompanhamento médico mais rigoroso.

            Mesmo sendo uma doença simples, a diarreia pode complicar, principalmente quando acomete idosos, crianças e pessoas com imunidade baixa, uma vez que estas desidratam mais rápido e podem evoluir com complicações. Nesses casos, devemos ficar atentos e procurar o hospital, na presença dos seguintes sintomas: ressecamento da pele, saliva escassa e espessa, sede excessiva, cansaço e sonolência.
            A princípio, o tratamento das diarreias consiste na reposição de líquidos, através da ingestão de soro caseiro depois das evacuações, bem como de água devidamente tratada, várias vezes ao dia, além de alimentação sem gordura, laxantes ou frituras.
            O saneamento básico adequado, incluindo redes de esgoto e água potável nas residências, previne um grande número de casos. O armazenamento e preparo adequado dos alimentos, incluindo sua conservação em geladeira, não exposição a moscas, cozimento dos alimentos e lavagem dos mesmos com água tratada, também, são importantes formas de prevenção.
            É de suma importância que a água de beber seja fervida, filtrada e clorada. A cloração pode ser feita com hipoclorito ou água sanitária. Usa-se uma gota para cada litro de água. Após meia hora, a água já está pronta para o consumo.
            Devemos ficar atentos com o banho de açudes e bica, principalmente nas primeiras chuvas, uma vez que as telhas e calhas ainda estão sujas. Dessa forma, além de diarreia, a pessoa pode contrair hepatite, doenças de pele ou até mesmo leptospirose.

            Segundo dados das notificações feitas pelo Hospital Regional, Unidades de Saúde da Família, Agentes Comunitários de Saúde, o município de Picuí vem apresentando oscilação no número de casos de diarreia, conforme mostra o gráfico abaixo. Durante as 10 primeiras semanas do ano (01/01/2015 a 15/03/2105), foram registrados 650 casos. Número que aumentou após as poucas chuvas na região. 


            A prevenção é uma ação que deve ser feita diariamente em nossas residências. A responsabilidade é de todos e se cada um fizer sua parte, evitaremos a ocorrência de surtos e agravamento de casos em nosso município. 


domingo, 15 de março de 2015

Curso de Qualificação de Gestores do SUS e o Projeto de Redução da Mortalidade Materna e Infantil na 4ª GRS.


          A secretaria municipal de saúde de Picuí reuniu em seu auditório, na última quinta-feira (12/03/2015) os estudantes do Curso de Qualificação de Gestores do SUS na Paraíba, vinculados à 4ª Gerência Regional de Saúde (GRS).
            Estão participando desse curso cerca de 400 profissionais (funcionários e/ou gestores) de toda a Paraíba que, durante nove meses, passarão por qualificação realizada em parceria entre o Centro Formador de Recursos Humanos da Paraíba (Cefor-PB),  Ministério da Saúde e da Fundação Oswaldo Cruz de Pernambuco (Fiocruz PE). Seu objetivo principal é a regionalização e o fortalecimento da institucionalização da SES-PB, através do estímulo e apoio aos profissionais em seus desafios cotidianos à população.



            Entretanto, tais ações dependem de união e esforço coletivo dos que ocupam o espaço de ação. Assim, as atividades e discussões estão voltadas para as necessidades da região com a finalidade de realizar ações que contemplem a realidade de todos os municípios envolvidos, de modo a atuar efetivamente na gestão do SUS


            Uma das pautas discutidas na reunião foi a apresentação de um projeto com propostas para a redução da mortalidade materna e infantil na 4ª GRS elaborado pela coordenadora de vigilância epidemiológica do município de Picuí (Airy Lima). Dessa forma, através das sugestões listadas, serão desenvolvidas estratégias para solução dos problemas encontrados na região.





sábado, 14 de março de 2015

Trabalho de Educação em Saúde: ESF 07 - Tratamento Não Medicamentoso com Clientes Idosos Portadores de Diabetes Mellitus.

         

     Na manhã do dia 04/03/2015, a secretária de saúde (Maria Lúcia Dantas Xavier), as coordenadoras da atenção básica e vigilância epidemiológica (Shirley Cordeiro e Airy Lima) e a supervisora do Programa Mais Médicos (Lucieuda Rodrigues) estiveram presentes no distrito de Serra dos Brandões junto à ESF 07 para assistirem à exposição do resultado do trabalho de educação em saúde desenvolvido por Dra Minna Blanco Salazar e demais profissionais da equipe, bem como o professor de educação física do local.
     Trata-se de um relato sobre a experiência exitosa em implementar um trabalho educativo visando o autocuidado de clientes idosos portadores de Diabetes Mellitus residentes no distrito. Seu enfoque foi o tratamento não medicamentoso com os mesmos, os quais apresentavam picos hiperglicêmicos em sua maioria e tiveram melhora significativa do quadro clínico ao final do período determinado.


          A iniciativa da equipe foi válida e os resultados alcançados servem de base para os demais profissionais que desejem aprimorar a educação em saúde de sua equipe através de ações educativas.

     O Programa Mais Médicos veio com uma proposta de melhorar o atendimento aos usuários de saúde onde havia a falta deste profissional. Apesar das críticas negativas e da resistência no início, observamos que este vem tendo resultados favoráveis. Os relatos que temos e a experiência vivenciada em nosso município comprova que a nacionalidade do profissional não é fator preponderante para avaliarmos a capacidade de alguém. No final, o que conta são as ações desenvolvidas, a capacidade de fazer saúde pública em um país como o nosso e principalmente a dedicação e o compromisso em desenvolver um trabalho educativo com a comunidade.

Campanha de Combate a Dengue e à Febre da Chikungunya em Picuí – PB 2015

            A Dengue tem grande relevância para a Saúde Pública, por se tratar de uma doença infecciosa, aguda e que pode levar a sérias complicações. O Brasil tem passado por sérias epidemias de Dengue, com um número alarmante de doentes e até de óbitos devido à própria doença ou com suas complicações. Entretanto, um novo vírus (chikungunya) já está circulando em nosso país e devemos redobrar nossa atenção e nossos cuidados.
            De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2014, foram registrados 591.080 casos prováveis de dengue. Em 2015, já foram registrados 103.616 casos. No mesmo período, também foram notificados 3.195 casos suspeitos de febre de chikungunya. Destes, 2.196 foram confirmados.      Até a primeira quinzena de fevereiro de 2015, foram notificados 771 casos suspeitos de febre de chikungunya. Destes, apenas 82 foram confirmados.
            Em 2014, os dados no município de Picuí mostram notificações de 100 casos suspeitos de dengue, sendo que apenas 20 foram confirmados por critério laboratorial ou clínico-epidemiológico. Não houve nenhum caso suspeito de chikungunya. Em 2015, apenas 08 casos foram notificados, o que confere certa tranquilidade ao município. Entretanto, devemos ficar alertas e desenvolver ações de prevenção para evitar um possível surto, uma vez que o índice de infestação do mosquito está em 6,2, valor considerado alto.


Ações
           
            Em novembro de 2014, a coordenação de vigilância epidemiológica participou de uma capacitação sobre manejo clínico da dengue e chikungunya, promovida pela secretaria de saúde do estado e Ministério da Saúde, em Campina Grande.
            No tarde do dia 03 de dezembro, foi feito o repasse para todas as ESF’s do município, agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias.
      O objetivo foi preparar todos os profissionais para um possível surto e evitar agravamentos dos casos, uma vez que esse período de verão é crucial para a região. Ao final da reunião, ficou explicitado que em fevereiro haveria um dia de mobilização de conscientização da população denominado: Dia ‘D’ dia de Combate a Dengue e Chikungunya, o qual tem como propósitos:
·         Chamar a atenção da população quanto à importância das ações de prevenção, que podem e devem ser desenvolvidas pela própria população em seu próprio domicilio e na comunidade em geral.
·         Sensibilizar a população do seu dever como cidadão no combate ao vetores, através de visitas pelo ACS e profissionais da saúde;
·         Esclarecer sobre medidas que deverão ser providenciadas caso suspeite que esteja com dengue/chikungunya;
·         Orientar a comunidade sobre as formas de evitar e eliminar locais que possam oferecer riscos para formação de criadouros do vetor.



Mobilização

            Com o slogan O Perigo aumentou. E a responsabilidade de todos também”, no dia 02 de fevereiro de 2015 teve início a campanha de prevenção contra o mosquito causador da DENGUE e CHIKUNGUNYA promovida pela Secretaria Municipal de Saúde de Picuí, através da vigilância em saúde e equipes de saúde da família. Todas as equipes realizaram palestras educativas em suas respectivas unidades, distribuíram panfletos durante as visitas domiciliares e participaram da mobilização no dia D (07/02).



            Durante toda a semana, houve divulgação na rádio local, através de entrevistas e informações pertinentes aos dados epidemiológicos e ao   cronograma das equipes. A coordenação de vigilância epidemiológica deu início às atividades, pontuando em sua fala os objetivos e expectativas da campanha para o município, assim como informações técnicas sobre o vírus, seu modo de transmissão, sua incidência e prevalência em Picuí. Também tivemos a participação do médico e enfermeira das equipes, bem como da coordenação da vigilância ambiental.
            No dia D, os profissionais foram às ruas, divididos em dois turnos. Uma parte da equipe foi para a feira livre, pela manhã, fazer panfletagem, dar as devidas orientações à comunidade, bem como nortear a população quanto à correta coleta e armazenamento do lixo.




            Os profissionais escalados para o turno da tarde realizaram panfletagem durante o evento Cristo Folia, uma festividade religiosa que estava acontecendo no município. Os profissionais se fizeram presentes na concentração do bloco e subiram no trio para realizar as orientações e prestar esclarecimentos a toda população. Em seguida, acompanharam o percurso do trio, realizando a panfletagem.