A tuberculose é uma doença transmissível,
curável e tratável, de origem infecciosa, causada pelo M. tuberculosis, um tipo de
bacilo que afeta principalmente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos
e sistemas.
Sua transmissão se dá através de
partículas com bacilos lançadas no ar, quando uma pessoa doente fala, espirra
ou tosse próximo a alguém sadio. Dessa forma, estima-se que um indivíduo
infectado pode transmitir a doença para cerca de 10 a 15 pessoas.
Com o início do esquema terapêutico
adequado, a transmissão tende a diminuir gradativamente e, em geral, após 15
dias de tratamento e com baciloscopia negativa, o indivíduo não propaga o vírus
para as demais pessoas.
Segundo dados do Ministério da
Saúde, nas últimas décadas, as regiões sudeste e nordeste foram as que
apresentaram o maior número de novos casos ao ano. Em Na Paraíba, são notificados
aproximadamente 1.100 novas pessoas com tuberculose. Com relação à mortalidade,
são registrados mais de 04 mil óbitos por ano, tendo sua maior concentração na região
nordeste. Em 2008, foi a quarta causa de
morte por doenças infecciosas e a primeira causa de morte dos pacientes com
AIDS.
Na tuberculose
pulmonar, o principal sintoma é a tosse seca ou produtiva, com expectoração purulenta,
com ou sem sangue, por mais de três semanas. Por isso, recomenda-se que todo
sintomático respiratório (pessoa com tosse por três semanas ou mais) seja
investigado para a tuberculose. Outros sinais e sintomas também podem estar
presentes, tais como: febre vespertina no final da tarde, sudorese noturna,
anorexia e emagrecimento, prostração e cansaço excessivo.
Quando
a tuberculose é extrapulmonar, os sinais e sintomas dependem dos órgãos
acometidos. A forma extrapulmonar ocorre mais comumente em pessoas que vivem
com o HIV/AIDS, especialmente entre aquelas com imunidade comprometida.
Para
realizar o diagnóstico da tuberculose são utilizados principalmente a
baciloscopia direta, cultura e radiografia de tórax. Além desses exames,
recomenda-se que o teste anti-HIV seja oferecido a todas as pessoas com
tuberculose. No entanto, a baciloscopia é, atualmente, a técnica mais utilizada
no Brasil, não apenas para o diagnóstico, mas também para o controle do
tratamento.
A tuberculose tem cura, em praticamente 100% das novas ocorrências, desde que a pessoa obedeça a terapia medicamentosa e o tempo correto de tratamento que dura no mínimo seis meses. Para tanto, é necessário que seja criado um vínculo entre profissional e usuário.
A tuberculose tem cura, em praticamente 100% das novas ocorrências, desde que a pessoa obedeça a terapia medicamentosa e o tempo correto de tratamento que dura no mínimo seis meses. Para tanto, é necessário que seja criado um vínculo entre profissional e usuário.
O
paciente deve ser orientado, de forma clara, quanto às características da
tuberculose e do tratamento a que será submetido: medicamentos, duração e
regime de tratamento, benefícios do uso regular dos medicamentos, possíveis
consequências do uso irregular dos mesmos e eventos adversos, uma vez que a
maior parte das pessoas será tratada pelos esquemas padronizados e receberá o
tratamento e acompanhamento na atenção básica.
Para
se prevenir da tuberculose recomenda-se tomar a vacina da tuberculose (BCG)
ainda na infância. Esta vacina diminui as chances de contaminação com formas
graves da tuberculose.
Indivíduos
amigos ou familiares de pacientes diagnosticados com a tuberculose devem evitar
permanecer no mesmo local que o doente e recomenda-se que o paciente use
continuamente a máscara respiratória e lenços de papel descartável sempre que
tossir ou espirrar.
No
dia 24 de março é celebrado o dia internacional de combate à doença. Juntos, podemos evitar que essa doença se propague em nosso
município. A qualquer sintoma sugestivo, procure a sua unidade de saúde e
realize os exames solicitados. Prevenir, continua sendo o melhor remédio.